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PPGE no O Globo: Doutoranda do PPGE homenageia ex-aluno da UFRJ assassinado, em uma nova espécie de vagalume

Publicada em 03.08.2022

Doutoranda do PPGE Stephanie Vaz acaba de publicar um estudo onde homenageia seu grande amigo Alex Schomaker Bastos, ex-aluno da UFRJ, que foi assassinado a tiros em um assalto em 2015. Confira a notícia que foi veiculada em grandes mídias como o jornal O Globo e Extra.

O texto a seguir é da Stephanie Vaz, integrante do grupo que realizou o trabalho:

"Há muito tempo planejo homenagear meu amigo Alex Schomaker Bastos, formando de Biologia, assassinado num assalto em 2015, em frente à UFRJ (Praia Vermelha). Além de grande amigo e cientista brilhante, seu apoio foi fundamental para meu retorno aos estudos de entomologia, em 2013. Alex sempre estará em meus agradecimentos. E agora é também um vagalume. Neste trabalho, descrevemos três espécies novas de vagalumes da Mata Atlântica. Uma delas, em sua homenagem, "Amydetes alexi". Alex, seu nome, e o "i" no final é adicionado para seguir o código de nomenclatura zoológica para publicações (homenagens do gênero masculino)."

Este trabalho foi publicado na revista científica ZooKeys. Além do Alex, outras duas pessoas foram homenageadas: Raquel Queiroz, namorada de Lucas; Mauricio Conan, ex-aluno da biologia que faleceu em 2019. Os autores são: Lucas Campello, Stephanie Vaz, André Diniz, José Ricardo Mermudes e Luiz Silveira.


Sobre o vagalume Amydetes alexi

A espécie ocorre entre 140 e 800 metros de altitude com maior ocorrência entre 250 e 500 metros, entre maio e agosto, sendo as estações frias. Tem antenas, maxilas e lanternas (órgão de luz) com tamanhos únicos. Sua distribuição é restrita ao município do Rio de Janeiro (Parque Estadual da Pedra Branca), não foi encontrada em outro lugar por nossa equipe (e já realizamos muitas coletas). 

Sobre seu comportamento, observamos é que mesmo com sua lanterna larga, ele também está ativo durante o dia. Isso indica que mesmo com a lanterna, ele é um vagalume diurno. Já observamos espécies com esse padrão e quando cai a noite, a lanterna acende um verde brilhante, mesmo quando sua maior atividade se encontra durante o dia. Acreditamos que o mesmo padrão ocorre em A. alexi, uma espécie que ainda precisa de muitas observações de campo para entender a fundo o seu comportamento misterioso.