Planejamento Estratégico do PPGE
Com base nas características das ciências ecológicas e na história do PPGE, em 2019 a comissão de pós-graduação fez uma reunião extraordinária denominada PPGE+10 para discutir as diretrizes do PPGE para os próximos 10 anos. Nesta reunião, foram revisadas as linhas de pesquisa e o regulamento do Programa. Neste exercício de síntese e planejamento, foi consolidado o perfil plural do programa com a utilização de uma grande diversidade de abordagens, estudos de diferentes níveis de organização e sistemas ecológicos que, a partir de uma base conceitual sólida, e capaz de dialogar com temas relevantes para a sociedade e avançar na produção de conhecimento. Esse perfil e identificação de novas tendências levaram à consolidação de uma nova redação para a missão e visão do programa que voltamos a destacar aqui no Plano Estratégico do PPGE-UFRJ.
Missão
Formar profissionais na área das ciências ecológicas com uma forte base científica e ética, a partir da geração de conhecimento e o desenvolvimento de competências que os permitam promover a integração entre a academia, a política e outros setores da sociedade.
Visão
Reafirmar-se como uma referência na pesquisa ecológica nacional e internacional, a partir da inserção profissional dos novos pesquisadores oriundos do Programa em instituições de pesquisa, instâncias do poder público, organizações não governamentais e empresas que trabalhem com questões ecológicas, na elaboração de políticas ambientais ou em soluções de problemas ambientais.
A indução da CAPES, a partir da inclusão do planejamento estratégico no seu sistema de avaliação, foi percebida como uma oportunidade de expandir os processos de autoavaliação e planejamento que já eram realizados no PPGE, mas agora de maneira mais sistematizada, pervasiva e inclusiva com o envolvimento de toda a comunidade do Programa. Desta forma, o Plano Estratégico aqui proposto tem como objetivo também transformar a percepção e fomentar a participação dos membros da comunidade. Espera-se que todos – docentes, discentes, pós-doutorandos e técnicos administrativos e de laboratório – no âmbito de suas atribuições e responsabilidades, se tornem atores na construção de um ambiente favorável e estimulador da produção de conhecimento e da formação de profissionais altamente capacitados para lidar com os desafios ambientais e sociais do presente e do porvir.
Alinhado a estes importantes pilares, o PPGE-UFRJ estruturou o seu plano estratégico tendo como base a literatura sobre o tema, documentos diversos da CAPES e o Plano de Desenvolvimento Institucional da UFRJ (PDI/UFRJ) concernente ao quadriênio 2019-2023 (gestão da Reitora Denise Pires de Carvalho).
Primeiros passos: criação do GT de Planejamento Estratégico e um primeiro diagnóstico
Para a estruturação do plano estratégico foi criado um grupo de trabalho (GT) sobre o planejamento estratégico do PPGE, o qual é composto pelos seguintes membros: Coordenação do PPGE (Professores Daniela Rodrigues e André Tavares Corrêa Dias), docentes (Fabio Rubio Scarano, Carlos Eduardo Grelle, Marcus Vinícius Vieira e Renato Crouzeilles), discentes (Beatriz Carneiro), pós-doutorandos (Victor Seixas e Nuria Pistón). A composição deste GT respeitou critérios de seleção como: voluntariado, experiência em planejamento estratégico e representatividade.
O GT de planejamento estratégico realizou uma primeira ação de diagnóstico utilizando o método SWOT, que é largamente empregado para este fim em instituições diversas como empresas, órgãos públicos, universidades, entre outros (para uma revisão, ver Helms & Nixon 2010). SWOT é uma sigla de origem incerta e que representa, respectivamente, os termos strengths, weaknesses, opportunities e threats (“FOFA” em português, de Fortalezas, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças). O método SWOT auxilia os gestores a diagnosticar esses quatro fatores. Este diagnóstico, por sua vez, é um dos primeiros passos para alicerçar métodos capazes de auxiliar essas instituições a um planejamento estratégico. Derivado desse método é, por exemplo, o método TOWS (Turning Opportunities and Weaknesses into Strengths), o qual transforma oportunidades e fraquezas em fortalezas (ver Trainer, 2004). Esse método é aliado potencial para os passos futuros referentes ao planejamento estratégico.
O SWOT constituiu também uma primeira ação de sensibilização da comunidade do PPGE. A partir de um questionário online aplicado no final de 2019, a comunidade foi informada sobre a elaboração do Plano Estratégico e as novas diretrizes de avaliação da CAPES, e foi convidada a refletir, e em consonância com o método SWOT, sobre as fortalezas, fraquezas, oportunidades e ameaças que caracterizam o PPGE. Alguns docentes responderam dando não apenas ciência da tarefa, mas também se disponibilizando a ajudar na análise das informações angariadas por este questionário. Dentre os cerca de 120 membros da nossa comunidade, tivemos 58 respostas, ou seja, quase metade da comunidade. Acreditamos que estes números se devam ao fato da comunidade do PPGE-UFRJ como um todo não ter imbuída, em sua cultura, a prática do planejamento estratégico. Tal quadro será modificado a partir de mais ações de sensibilização que serão implantadas junto ao processo de autoavaliação. O resultado completo do diagnóstico SWOT foi sintetizado utilizando aspectos do método do discurso do sujeito coletivo (Lefevre et al. 2009).
Plano Estratégico PPGE-UFRJ
Um plano estratégico deve refletir não apenas os meios para se atingir os objetivos da instituição. Ele deve também ser alicerçado em conceitos e uma visão de mundo que expresse a práxis e a missão da instituição. Tendo em vista a missão do Programa de formar profissionais na área das ciências ecológicas com competências que os permitam promover a integração entre a academia, a política e outros setores da sociedade, a sustentabilidade pode ser utilizada com um conceito integrador das atividades realizadas no PPGE-UFRJ. Isto se dá tanto pela importância do conhecimento científico gerado em uma grande variedade de sistemas e níveis de organização biológica para subsidiar o manejo, o uso sustentável e conservação de recursos naturais, como mais especificamente nas linhas de pesquisa que englobam a conservação e gestão ambiental. Em um contexto institucional mais amplo, a importância do tema da sustentabilidade também é verificada na prática, na medida em que o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFRJ tem na sustentabilidade um de seus pilares, bem como o Programa de Internacionalização (PrInt) da universidade tem na sustentabilidade sua temática central. O PPGE, por sua vez, é participante ativo do PrInt com um projeto que examina sinergias e trade-offs entre os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Sustentabilidade conta hoje com mais de 300 definições. Originalmente diz respeito a ações, políticas e práticas conduzidas de forma a assegurar que futuras gerações tenham acesso aos recursos hoje disponíveis. Esse conceito emerge hoje como valor para as pessoas, o que prontamente o projetou para o status de ciência e política (Scarano 2019). A política global de sustentabilidade está expressa na forma dos ODS, um conjunto de 17 objetivos sociais, econômicos e ambientais a serem alcançados pela sociedade planetária até 2030 (Sachs et al. 2020). A ciência da sustentabilidade promove o diálogo entre ciências naturais (como a Ecologia) e as ciências sociais e, ao longo da última década, ganhou tanto espaço no PPGE, a ponto de hoje o programa estar amplamente alinhado à proposta de internacionalização da UFRJ pelo viés da sustentabilidade. O olhar para a sustentabilidade tem promovido não só uma maior interdisciplinaridade na produção de conhecimento e formação de pós-graduados, mas também uma maior transdisciplinaridade. Essa última diz respeito a um envolvimento cada vez maior de atores não acadêmicos em projetos e produtos do PPGE. Sustentabilidade é, portanto, um conceito unificador que permeia a ciência ecológica e outras atividades desenvolvidas do PPGE-UFRJ. É inclusivo de pesquisas em áreas rurais, florestais e urbanas; de ambientes marinhos e continentais; de estudos com viés de conservação, restauração e uso sustentável; e de abordagens científicas sistêmicas, orientacionais e transformacionais (Jahn et al. 2012).
O horizonte de tempo dos ODS – assim como do Acordo de Paris do Clima, das metas de combate à desertificação, de redução de desastres e de biodiversidade – coincide em linhas gerais como horizonte de tempo deste plano estratégico: 2030. Desta forma, o alinhamento das ações desempenhadas pelo PPGE (formação, pesquisa, extensão, disseminação) com os ODS podem ser utilizados para avaliar nossa visão de nos reafirmarmos como referência na pesquisa ecológica nacional e internacional na geração de conhecimento e na formação de profissionais que atuem na elaboração de políticas ou em soluções de problemas ambientais.
Para a estruturação do Plano Estratégico do PPGE-UFRJ, foram identificadas cinco dimensões do Programa. São estas: i) Ensino-Aprendizagem, que abrange o foco central da missão do PPGE/UFRJ que compreende a formação de novos recursos humanos de alta qualidade; ii) Qualidade de Pesquisa, refletindo o processo de geração de conhecimento; iii) Disseminação do conhecimento, indicando diferentes aspectos da inserção e impacto do PPG em diferentes setores da sociedade; iv) Recursos humanos e infraestrutura, que caracteriza o capital humano e infraestrutura do PPG e sua gestão; e v) Internacionalização, indicando a participação e projeção do PPG junto a instituições fora do país.
Dentro destas dimensões, identificamos as fraquezas apontadas no SWOT que precisam ser superadas para atingirmos a visão do PPGE-UFRJ. Buscamos também as consonâncias com os objetivos do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFRJ (referente à Pós-Graduação) para identificar possíveis sinergias entre o nosso Plano Estratégico e o PDI UFRJ (ver Anexo I para objetivos do PDI UFRJ para pós-graduação). A partir deste processo, foram formulados objetivos para cada uma das dimensões do PPGE, contendo metas claras, com indicadores de realização, ações e processos necessários para atingir tais metas, prazos e equipe responsável. Essa estrutura do planejamento possibilitará um monitoramento da execução destas ações e os resultados obtidos, permitindo, assim, avaliar a qualidade do programa e estabelecer novas metas e desafios.
Importante notar que algumas metas de curto prazo do Plano Estratégico já foram, parcialmente ou plenamente, atingidas, pois esse planejamento é parte de um processo que teve início em 2019. As metas de médio e longo prazo serão tentativamente atingidas dentro do tempo previsto para cada meta. Para tanto, o PPGE terá o seu GT sobre o tema atuante de forma permanente.
REFERÊNCIAS
Autoavaliação de Programas de Pós-Graduação. 2019. Relatório de Grupo de Trabalho. Ministério da Educação, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Barbosa, G.R. 2019. Avaliação multidimensional de programas de pós-graduação. Relatório Técnico DAV. Ministério da Educação, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Helms, M.M. & Nixon, J. 2010. Exploring SWOT analysis – where are we now? A review of academic research from the last decade. Journal of Strategy and Management, 3: 215-251.
Jahn T., Bergmann M., Keil F. 2012. Transdisciplinarity: between mainstreaming and marginalization. Ecological Economics, 79: 1-10.
Lefevre F., Lefevre A. M. C., Marques M.C.C. 2009. Discurso do sujeito coletivo, complexidade e auto-organização. Ciência & Saúde Coletiva, 14: 1193-1204.
Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) UFRJ. Comissão de elaboração do plano de desenvolvimento institucional da UFRJ 2019-2023. Portaria nº 11205, de 17 de outubro de 2019.
Sachs J., Schmidt-Traub G., Kroll C. et al. 2020. The Sustainable Development Goals and COVID-19. Sustainable Development Report 2020. Cambridge University Press, Cambridge.
Scarano F.R. 2019. The emergence of sustainability. Pp. 51-71 in Emergence and Modularity in Life Sciences (Wegner, L., Lüttge, U., eds). Springer Nature, Cham, Switzerland.
Trainer, J. F. 2004. Models and tools for strategic planning. New Directions for Institutional Research, 123: 129-138.
Autoavaliação do PPGE
A avaliação dos programas de pós-graduação é fundamental para garantir a qualidade da formação de mestres e doutores. No âmbito mais prático e imediato, a avaliação deve ser capaz de responder a dificuldades cotidianas vivenciadas por diferentes atores nos cursos e programas, possibilitando o redirecionamento de ações e a implementação de novas ações necessárias para facilitar o processo de ensino e aprendizado. No âmbito mais geral, o Estado e suas instâncias assumem um papel de avaliador, utilizando os resultados de avaliações para comparar instituições, possibilitando decisões sobre políticas educacionais e de alocação de recursos (Saul 2015). Esses dois propósitos de avaliação, contudo, não devem ser compreendidos de forma separada, já que um alimenta, subsidia e induz outro. A mudança recente na filosofia de avaliação da CAPES em relação aos Programas de Pós-Graduação do Brasil, a qual direciona os mesmos a implementar um projeto de autoavaliação, deve ser vista como uma oportunidade de fortalecer e sistematizar os processos de avaliação institucional interna. A autoavaliação deve promover a reflexão sobre “quem somos” e sobre “quem queremos ser”, visando a administrar o momento presente para que se chegue ao futuro almejado. Tais questionamentos devem também auxiliar na formação e consolidação da identidade do programa, tendo como ponto de partida a missão e visão do programa e o contexto institucional onde este se encontra. Desta forma, a autoavaliação tem por finalidade monitorar e subsidiar a melhoria da qualidade e do desenvolvimento institucional, permitindo uma autoanálise, por meio dos instrumentos utilizados na coleta de dados, para ações de reorganização curricular e político-administrativa.
A autoavaliação elaborada para o Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFRJ (PPGE/UFRJ) é um processo participativo. A maior crítica feita aos processos de autoavaliação é o fato dos resultados muitas vezes não serem utilizados para tomadas de decisão (Arruda et al. 2019). Apesar da crença nacional de que a avaliação levaria por si só ao uso de seus resultados para o aprimoramento da instituição (Serpa 2010, Saul 2015), a avaliação por si só não resolve problemas, mas pode indicar soluções desde que esteja de fato inserida nos processos e atividades cotidianas da instituição (Worthen et al. 2004). Desta forma, o caráter participativo, aliado a ações de sensibilização, potencializa a apropriação dos resultados e o objetivo final da avaliação de corrigir trajetórias levando ao cumprimento da missão do programa.
O processo de autoavaliação do PPGE se dará em duas esferas: i) a esfera do Plano Estratégico e ii) a esfera da percepção da comunidade acerca do desempenho do programa. A avaliação sobre os objetivos e metas estipulados no Plano Estratégico do PPGE será realizada anualmente com a elaboração de um relatório síntese pela Comissão de Planejamento e Autoavaliação. Nesta esfera de avaliação, será analisada também a efetividade das ações propostas no Plano Estratégico (meta-avaliação), possibilitando mudanças e ajustes em tais propostas seguindo um processo de manejo adaptativo. A avaliação da percepção da comunidade acerca do desempenho do programa será realizada com questionários anuais para docentes, pós-docs, egressos e discentes. Tais questionários (ver detalhes abaixo) deverão refletir a percepção da comunidade do PPGE acerca de atividades relacionadas às cinco dimensões identificadas no Plano Estratégico. Os dados levantados acerca destas duas esferas, assim como de outros instrumentos diretos de avaliação de atividades do PPGE (e.g. formulários de avaliação de disciplinas, formulários de comitês de acompanhamento) serão sintetizados em um Relatório Anual de Autoavaliação contendo recomendações que será encaminhado à CPG e debatido no Seminário Anual de Autoavaliação com toda a comunidade. Ao final do ciclo avaliativo, serão consolidadas recomendações a partir das discussões no seminário de autoavaliação que serão divulgadas para toda a comunidade. O processo de autoavaliação elaborado para o PPGE compreende cinco etapas: 1) políticas de preparação, 2) implementação e procedimentos, 3) divulgação de resultados, 4) uso de resultados e 5) meta-avaliação. Como veremos adiante, tais etapas não representam necessariamente uma ordem sucessiva de ações, visto que o processo de autoavaliação é permanente e algumas ações englobam diferentes etapas do ciclo avaliativo.
OBJETIVOS
O principal objetivo do processo de autoavaliação é promover o autoconhecimento do PPGE por meio de instrumentos participativos, visando o aperfeiçoamento de processos, práticas e condutas, nas cinco dimensões identificadas no Plano Estratégico do PPGE: Ensino-Aprendizagem, Qualidade de Pesquisa, Disseminação, Recursos-Humanos e Infraestrutura, e Internacionalização. Mais especificamente, o processo de autoavaliação do PPGE tem como objetivos:
1. Elaborar instrumentos de avaliação alinhados com a Ficha de Avaliação da CAPES, o Plano Estratégico do PPGE, e o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFRJ;
2. Avaliar a implementação do Plano Estratégico do PPGE;
3. Subsidiar o processo de avaliação externa executado pela CAPES;
4. Sensibilizar a comunidade acadêmica sobre a importância do envolvimento de todos no processo de autoavaliação;
5. Propor, validar com a comunidade e aplicar os instrumentos de autoavaliação;
6. Analisar as informações coletadas;
7. Elaborar relatórios anuais do processo de autoavaliação;
8. Propor ajustes e novas ações à CPG tendo em vista os resultados da autoavaliação e seu debate junto à comunidade;
9. Divulgar o relatório final.
10. Subsidiar os processos de credenciamento, recredenciamento e descredenciamento.
Para este último ponto, serão utilizadas as informações do Relatório Anual de Atividades para balizar os processos de credenciamento, recredenciamento e descredenciamento, em parte já instaurados no quadriênio 2017-2020, os quais se baseiam nos seguintes critérios:
Credenciamento
1) produção científica (mínimo de três artigos A2+, como primeiro autor / autor por correspondência, nos últimos três anos);
2) proposta de disciplina que traga um diferencial para a grade curricular do PPGE-UFRJ;
3) sinalização de haver um candidato em potencial para o próximo processo seletivo de mestrado e doutorado.
Recredenciamento
1) envolvimento em disciplinas (oferecimento mínimo de uma disciplina a cada 2 anos);
2) orientações (mínimo de um discente ativo constantemente, quer seja de mestrado ou de doutorado);
3) envolvimento em demandas rotineiras do PPGE-UFRJ, como elaborações de questões para seleções de mestrado e doutorado, participação em bancas de seleção diversas (mestrado, doutorado, pós-docs/PNPDs, quando for o caso, professor visitante, etc) e assemelhado, bem como facilidade de comunicação e colaboração quando da solicitação de informações e resolução de eventuais problemas que envolvam o docente em questão;
4) participação nos comitês de acompanhamento;
5) produção científica (mínimo de 1 artigo A1-A2 por ano).
Descredenciamento
Critério único: O não atendimento de, ao menos, um dos critérios de recredenciamento, em adição a não sinalização de mudanças / justificativas acerca desses critérios não atendidos.
Divulgação de resultados do processo de autoavaliação
Todos os relatórios mencionados acima, assim como a síntese dos questionários, serão divulgados por e-mail e via website do PPGE-UFRJ para toda a comunidade do programa. Estes mesmos resultados serão expostos e debatidos durante o Seminário de Autoavaliação, quando haverá espaço para a comunidade opinar sobre o desempenho do programa e do processo de autoavaliação. Além do Seminário de Autoavaliação, assembleias com temas mais específicos poderão ser convocadas ao longo do ano.
Uso dos resultados do processo de autoavaliação
A partir do Relatório Anual de Autoavaliação e das discussões durante o Seminário Anual de Autoavaliação, serão consolidadas as recomendações de ações para contornar possíveis desvios de rota ou para atingir metas ainda não alcançadas. Essas recomendações estarão na versão final do Relatório Anual de Autoavaliação e serão endereçadas aos encarregados de executar/ajustar a referida ação (e.g. CPG, Comissão Docente, representantes discentes, etc.).
Meta-avaliação
A meta-avaliação permeia todo o ciclo avaliativo. Nos Relatórios Anuais de Autoavaliação e nos Questionários de Autoavaliação, o próprio processo avaliativo será um ponto a ser examinado. Durante os Seminários de Autoavaliação, os procedimentos e instrumentos utilizados na autoavaliação serão também debatidos para que sejam aprimorados sempre que possível. Ao final do quadriênio, no Relatório Quadrienal de Autoavaliação, uma atenção especial será dada à meta-avaliação, verificando se os ciclos avaliativos de fato foram capazes de gerar melhorias nos indicadores de qualidade das atividades desempenhadas pela comunidade do programa.
REFERÊNCIAS
Arruda, J.A., Paschoal, T. & Demo, G. 2019. Uso dos resultados da autoavaliação institucional pelos gestores da Universidade de Brasília. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, 24, 680-698.
Saul, A.M. 2015. Na contramão da lógica do controle em contextos de avaliação: por uma educação democrática e emancipatória. Educação e Pesquisa, 41, 1299-1311.
Serpa, S.M.H.C. 2010. Para que Avaliar? Identificando a tipologia, os propósitos e a utilização das avaliações de programas governamentais no Brasil. Dissertação (Mestrado em Administração) - Departamento de Administração, Universidade de Brasília, Brasília.
Worthen, B.R., Sanders, J.R. & Fitzpatrick, J.L. 2004. Avaliação de programas: concepções e práticas. Gente, São Paulo.