Quarta, 20/10/21 às 14:00
Após 30 anos da chegada do mexilhão dourado (Limnoperna fortunei) na América Latina, a sua ocorrência continua a avançar e a causar prejuízos econômicos, principalmente para o setor elétrico, além de impactos ambientais. Até o momento, nenhuma metodologia é capaz de inibir a ocorrência do mexilhão sem causar pactos ambientais. O projeto Mexilhão-dourado tem como objetivo desenvolver um método biotecnológico para solucionar definitivamente esta bioinvasão. Para tal, a abundância e densidade do mexilhão dourado, bem como sua capacidade dispersiva vêm sendo avaliadas por meio de metodologias clássicas e contemporâneas nas UHEs Jupiá, Três Irmãos e Ilha Solteira e seu entorno, no Alto rio Paraná. Imagens geradas em fotoquadrados são comparadas por meio de contagem manual e inteligência artificial. Imagens de satélite Landsat-8 tem contribuído para a caracterização ambiental. A previsão da progressão da espécie é medida por meio de simulação matemática baseada em elementos triangulares lineares. Por fim, uma ferramenta computacional integrada para estimativa do mexilhão dourado está sendo desenvolvida com o objetivo de gerar mapas de distribuição de densidade ou quaisquer outros resultados que sejam de interesse do usuário, seja ele funcionário das UHEs, pesquisador ou cidadão comum.