Quarta, 08/12 às 14h
O rompimento da barragem de Fundão (Mariana, MG), operada pela Samarco, ocorreu em novembro de 2015 e despejou 40 milhões de metros cúbicos de rejeitos na bacia do rio Doce. O resultado foi um dos maiores desastres ambientais da história da mineração mundial. Seus efeitos na bacia hidrográfica foram terríveis, e incluíram o desaparecimento do distrito de Bento Rodrigues e dezenove mortes. A contaminação do Oceano, contudo, é mais difícil de avaliar e remediar, e representa sério risco à biodiversidade e à saúde humana, especialmente em longo prazo.A região marinha atingida compreende a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul, e apesar das contribuições de modelos matemáticos de circulação e dados de sensoriamento remoto, os impactos e a dispersão da pluma de contaminantes no ambiente marinho ainda são pouco compreendidos. Na palestra, o biólogo Gabriel Cardoso abordará como o estudo da geoquímica das bandas de crescimento de corais pode ser uma ferramenta importante nesse contexto.
Gabriel é Bacharel em Ciências Biológicas e Mestre em Ecologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Atualmente atua como técnico de pesquisa na fundação COPPETEC/UFRJ, e em breve iniciará o doutorado na Universidade Livre de Berlim, Alemanha, onde vai explorar corais como biomonitores para avaliar impactos costeiros, como sedimentação e poluição, sobre recifes de corais do mar do Caribe.
Link da transmissão no canal do PPGE no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=68Tdof3IfNA