Segunda, 18 de agosto às 9 horas
A dissertação de mestrado "Estimativas de sequestro de carbono em árvores urbanas tropicais: potencial de espécies, modelos alométricos e a influência de características funcionais" ocorrerá no dia 18 de agosto, às 09 horas, remotamente, pelo link https://meet.google.com/fqy-irxh-cyv .
Orientadora:
Dra. Nuria Patrícia Pistón Caballero
Coorientador:
Dr. André Tavares Corrêa Dias
Membros titulares:
Dr. Pedro Paulo da Silva Ferreira
Dr. Sérgio de Faria Lopes
Membros suplentes:
Dr. Guilherme Gerhardt Mazzochini
Dr. Márcio Zikán Cardoso
Dr. Richieri Antônio Sartori
RESUMO
As áreas verdes nas cidades fornecem importantes serviços ecossistêmicos contribuindo para qualidade de vida nas cidades, e para a mitigação do aquecimento global, com o sequestro de carbono. Árvores em ecossistemas urbanos absorvem CO2 emitido por veículos e indústrias nas cidades, porém a capacidade de sequestro de carbono pode variar entre espécies e com o ambiente. Foi estimado o estoque de carbono em árvores urbanas um intervalo de três anos, comparando equações alométricas, e analisando características funcionais associadas ao sequestro de CO2. Foram testadas hipóteses de que características funcionais como altura e área foliar específica influenciam positivamente o sequestro de carbono, e que espécies com hábito foliar perene apresentam maior incorporação de biomassa e sequestro de carbono do que espécies decíduas, em ambiente urbano tropical. As coletas foram realizadas em oito praças no centro da cidade de Petrópolis, RJ em duas amostragens. A biomassa de 190 indivíduos foi estimada a partir de uma equação alométrica desenvolvida para árvores urbanas tropicais, características funcionais como área foliar específica, área foliar, conteúdo de matéria seca foliar, altura e densidade da madeira foram medidas em 49 indivíduos. Em um ano os indivíduos incorporaram 6.528,9 kg de biomassa e sequestraram 3.264,4 kg de carbono. Espécies com indivíduos mais velhos e mais altos como Artocarpus heterophyllus, Syzygium cumini, Chorisia speciosa, Tipuana tipu, apresentaram maiores estoques de carbono em biomassa. Já as espécies com indivíduos jovens e em constante crescimento, como Citrus latifólia, Eugenia uniflora e Prunus serrulata sequestraram quase o dobro de CO2 entre as duas amostragens. Área foliar específica e conteúdo de matéria seca foliar foram as características funcionais que mais influenciaram o sequestro de carbono das espécies, enquanto densidade da madeira apresentou efeito negativo. A capacidade de sequestro de carbono da arborização da cidade variou entre as espécies, não sendo suficiente para conter as emissões totais de gases efeito estufa provenientes de setores como indústrias, transporte e mudanças no uso da terra.