Defesa de Tese

Isabela Maciel Fontão Pereira

Landscape, local features and the diversity of bees in small urban agroecosystems: Small scale landscape ecology

Quarta, 20 de Agosto às 14:00h

A defesa da Dissertação de Mestrado " Landscape, local features and the diversity of bees in small urban agroecosystems: Small scale landscape ecologyocorrerá no dia 20 de agosto, às 14:00 horas, presencialmente  na sala de reuniões ao lado do auditório Hélio Fraga, CCS, UFRJ.  Será também transmitido remotamente via link: https://us05web.zoom.us/j/81489244735?pwd=jfEWbL6L4cLaw8jJde7gbyKlK3EM39.1   

Orientador: 

 Dr. Marcus Vinícius Vieira

Membros titulares: 

 Dr. Lázaro da Silva Carneiro

Dr. Marcio Zikan Cardoso

Membros suplentes:

Dra. Marília Costa

Dr. Carlos Eduardo de Viveiros Grelle  

Resumo

Agroecossistemas urbanos podem servir como refúgios para abelhas nas cidades. No entanto, a influência relativa de características da paisagem e locais sobre as abelhas urbanas ainda é pouco compreendida. Este estudo investigou como variáveis da paisagem e locais moldam a diversidade de abelhas em 12 pequenos agroecossistemas biodiversos. Utilizando armadilhas pan trap, coletamos abelhas em quatro períodos amostrais, medindo traços morfológicos, nidificação e sociabilidade. Métricas da paisagem foram quantificadas em buffers de 300m de raio, ao redor do agroecossistema, usando QGIS, enquanto variáveis locais incluíram o número de árvores. A análise de diversidade funcional revelou que o número de árvores influenciou positivamente a riqueza funcional (FRic) e dispersão (FDis), sugerindo que a complexidade do agroecossistema favorece a diversidade de características funcionais. A composição de espécies (PCoA) correlacionou-se com tamanho do agrossistema e quantidade de verde urbano, enquanto os traços funcionais separaram as abelhas em eixos comportamentais (socialidade, nidificação) e morfológicos (tamanho corporal). Surpreendentemente, abelhas solitárias predominaram, contrastando com tendências urbanas de abelhas eussociais, e três espécies oligoléticas especialistas persistiram, associadas a áreas florestais, tamanho do agroecossistema e quantidade de vegetação urbana. O Modelo de Dissimilaridade Generalizada (GDM) mostrou que o turnover (39,9% da deviance explicada) foi impulsionado por áreas verdes urbanas, tamanho do agroecossistema e número de árvores, enquanto a substituição funcional (5,9%) respondeu fracamente às variáveis amostradas. Nossos resultados sugerem que pequenos agroecossistemas podem sustentar comunidades de abelhas funcionalmente diversas em cidades tropicais, com a complexidade do agroecossistema (número de árvores) mitigando os impactos da urbanização. Embora a composição de espécies seja sensível a mudanças na paisagem, a resiliência funcional pode persistir. Esses resultados reforçam o valor da agroecologia urbana para a conservação, destacando a necessidade de integrar áreas verdes e cultivos biodiversos no planejamento urbano para proteger polinizadores.